Rio de Janeiro, 27/03/2025
11:56 - aguardando o ifood chegar com meu almoço no escritório.
Cartas de um Pai #47
Quando pensamos nesse tema, muitas vezes limitamos a educação financeira a ensinar nossos filhos sobre como economizar ou o que podem ou não comprar. Mas a verdade é que a educação financeira vai muito além disso.
Ela envolve algo mais profundo: a capacidade de compreender a riqueza da vida.
O que significa ser rico? Será que riqueza e moralidade caminham em direções opostas? Cresci acreditando que a riqueza era algo ruim. Achava que o dinheiro corrompia, que ser rico afastava a pessoa do que realmente importa. Mas, com o tempo, percebi que o problema não está na riqueza em si, e sim no entendimento que temos sobre ela. O dinheiro, por si só, não transforma ninguém. Ele apenas potencializa quem já somos ou pelo menos deveria ser assim… Se uma pessoa é generosa, a riqueza ampliará sua capacidade de ajudar. Se é egoísta, amplificará essa característica.
E se queremos que nossos filhos tenham uma relação saudável com o dinheiro, o primeiro passo é o exemplo. Nenhuma teoria, por melhor que seja, substitui o impacto de um modelo de vida. O exemplo tempera nossas atitudes e define, sem que percebamos, os valores que nossos filhos carregarão. Se vivemos uma vida financeiramente equilibrada, onde há planejamento e responsabilidade, nossos filhos absorvem isso naturalmente. Se lidamos com o dinheiro de forma irresponsável, eles também aprenderão.
Mas como tornar esse aprendizado prático? Algumas ações simples podem fazer toda a diferença:
Valores cristãos como alicerce.
Ensinar sobre dinheiro sem um fundamento sólido pode ser perigoso. Quando estamos imersos nos valores cristãos, entendemos que a riqueza não é um fim, mas um meio. Um meio para servir, para cuidar da família e para honrar a Deus. Isso ajuda nossos filhos a enxergar o dinheiro de maneira saudável, sem idolatrá-lo, mas também sem demonizá-lo.
Atividades práticas e divertidas.
Pequenas ações no dia a dia fazem a diferença. Que tal envolver os filhos na compra do supermercado? Pedir para ajudarem a comparar preços, entender o que cabe no orçamento e aprender sobre escolhas financeiras? Transformar isso em um jogo pode torná-los mais conscientes sem que sintam o peso da responsabilidade.O valor do que temos.
Ensinar sobre desperdício é uma lição poderosa. Uma maneira simples de praticar isso é durante as refeições: "Vamos colocar no prato apenas o que realmente vamos comer. Se quiser mais, pedimos depois." Esse pequeno hábito ensina sobre gratidão, respeito e administração dos recursos.
A parte mais desafiadora? Persistir. Educar financeiramente não é algo que acontece da noite para o dia. É um processo que exige esforço, constância e paciência. Mas os frutos são recompensadores. Trata-se sobre de criar adultos que compreendem o verdadeiro significado da riqueza.
E o que mais me entristece é ver pais desistindo no meio do caminho. Não porque não amam seus filhos, mas porque não acreditam que seu esforço faz diferença. Mas faz. Faz TODA a diferença. Criar filhos com valores sólidos dá trabalho, exige renúncia, exige sacrifício. Mas o resultado é SANTIFICADOR.
Que possamos ser pais que mostram, na prática, que o dinheiro é um servo, e não um senhor. Porque quando ensinamos isso aos nossos filhos, damos a eles um dos maiores presentes que poderiam receber: a liberdade de viver sem serem escravizados pelo material.
Exame de Consciência:
1) O dinheiro é um problema dentro da minha casa?
2) Consegui ser mais organizado no dia de hoje?
3) Enfrento as dificuldades do dia com alegria ou me perco na quantidade de coisas a fazer?
Não deixe de refletir sobre essas questões hoje. Te aconselho a se questionar isso em seu exame de consciência diário, à noite.
Que Deus abençoe nossa família e nossa paternidade!
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Mas como sou seu amigo, aqui vai um vídeo para você matar a sua curiosidade: